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Parque da Pena integra projeto internacional para preservar árvore do tempo dos dinossauros

Parque da Pena integra projeto internacional para preservar árvore do tempo dos dinossauros

O Parque da Pena, em Sintra, foi o único jardim nacional escolhido para integrar o projeto internacional de conservação “Global Wollemia nobilis (Wollemi Pine) metacollection pilot program”, no qual recebeu 6 exemplares da metacoleção de Wollemia nobilis, uma árvore muito rara e da época dos dinossauros.

Atualmente, existem cerca de 100 exemplares de Wollemia nobilis em estado selvagem, pelo que a espécie está em risco, constando da Lista Vermelha do IUCN (International Union for the Conservation of Nature).

Desde a sua descoberta têm sido objeto de fortes medidas de salvaguarda e de projetos de conservação, desenvolvidos pelo Instituto Australiano de Ciências Botânicas do Jardim Botânico de Sydney, com o objetivo de evitar a sua extinção.

É neste contexto que surge o projeto “Global Wollemia nobilis (Wollemi Pine) metacollection pilot program” que tem como objetivo salvar da extinção a espécie botânica Wollemia nobilis, uma conífera da família das Araucariaceae.

Em Portugal, o Parque da Pena foi o único local escolhido para receber 6 exemplares de Wollemia nobilis, que, após a sua chegada da Austrália, estiveram em aclimatação nas estufas do Parque da Pena, até à sua plantação, na envolvente do Chalet da Condessa d’Edla, que decorreu no passado dia 17 de novembro.

O Parque da Pena passa, assim, a fazer parte do grupo restrito de 34 jardins botânicos internacionais que, em conjunto vão criar esta metacoleção, uma coleção botânica partilhada por diversas organizações e gerida em colaboração com o objetivo de investigar e conservar a espécie. O projeto abrange 28 jardins botânicos europeus, 5 australianos e 1 norte-americano. O cultivo destas árvores em diferentes pontos do globo permite preservar a ampla diversidade genética encontrada na população selvagem e visa salvar da extinção a Wollemia nobilis.

Os fósseis mais antigos desta árvore têm 200 milhões de anos e pensava-se que estava extinta desde há 70 a 90 milhões de anos atrás. No entanto, em 1994, o jovem explorador australiano David Noble descobriu-a por acaso numa região restrita de floresta temperada localizada num desfiladeiro do Parque Nacional Wollemi, a 150 quilómetros da cidade de Sydney. O nome científico do género, Wollemia, deriva do nome do parque onde as árvores foram identificadas, e a qualificação da espécie, nobilis, homenageia o explorador que a descobriu.

Após um aprofundado estudo genético, os investigadores australianos produziram em laboratório um conjunto de exemplares que representam a totalidade do património genético encontrado na população selvagem da espécie. Para a sua posterior plantação, selecionaram, em todo o mundo, os locais com as condições climáticas e de conservação que melhor garantem a sobrevivência das árvores.

 

Imagem DR: José Marques Silva, Parques de Sintra

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