O ciclo “Noites de Queluz – Tempestade e Galanterie” traz a palco o grupo vocal Cupertinos, com o concerto “Miserere mei Deus: Continuidade e renovação na música sacra portuguesa do século XVIII”, no dia 23 de outubro, às 21h30, no Palácio Nacional de Queluz.
Um dos aspetos mais ricos e fascinantes da música sacra na Europa das primeiras décadas do século XVIII decorre da simultaneidade, à primeira vista paradoxal, entre a continuidade e a renovação dos repertórios.
O programa deste concerto põe em relevo distintos matizes da confluência destas aparentemente antagónicas dinâmicas na prática performativa do nosso país, por meio de um alinhamento integralmente presente em fontes manuscritas setecentistas.
A par das composições em stile antico da autoria de Pedro Vaz Rego (1673-1736), Domenico Scarlatti (1685-1757) e João Rodrigues Esteves (c1701-1752), sublinham-se os acrescentos e arranjos de Manuel Soares (m1756) a obras de Manuel Mendes (c1547-1605) e Fernando de Almeida (c1600-1660). São ainda evocadas duas efemérides assinaladas ao longo do ano de 2021: o 5º centenário do desaparecimento de Josquin des Prez (c1450-1521) e o provável 450º aniversário natalício de Filipe de Magalhães.
“Noites de Queluz – Tempestade e Galanterie” insere-se na 7.ª Temporada de Música da Parques de Sintra, organizada em parceria pela Parques de Sintra e o Centro de Estudos Musicais Setecentistas de Portugal – Divino Sospiro, com direção artística de Massimo Mazzeo.
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