O cenário único do Parque de Monserrate, em Sintra, acolherá o Jazz em Monserrate com uma programação diversificada, concebida tanto para os fãs deste género musical, como para os menos conhecedores, que é composta por jazz, “spokenword” e concertos para famílias, nos dias 15, 16 e 17 de setembro.
Depois do cancelamento do primeiro fim de semana do Jazz em Monserrate, devido à previsão de chuva, o festival será retomado já este fim de semana. Em palco, estarão artistas consagrados, como Maria João, Carlos Bica, Bernardo Moreira, Cristina Branco e Adolfo Luxúria Canibal, mas haverá também espaço para os jovens músicos.
Entre os concertos que já faziam parte do alinhamento e os que foram remarcados, o público pode contar com alguns eventos gratuitos, muita poesia, fusões de jazz com outros géneros musicais e uma homenagem a Carlos Paredes a fechar com chave de ouro esta segunda edição do festival que celebra a união entre música, património e natureza.
A programação deste fim de semana de Jazz em Monserrate abre a 15 de setembro, às 19h30, no Palco Cedro da China, com o concerto The Art of Song vol. 1 – When Baroque Meets Jazz, que junta o piano de Filipe Raposo à voz de Rita Maria. Num exercício de grande criatividade, os dois músicos conciliam o universo formal do período barroco e a liberdade estilística da improvisação e do jazz, acrescentando as influências musicais que os moldaram: a música erudita, o jazz e o cancioneiro tradicional.
O festival continua a 16 de setembro, com o primeiro dos concertos que foram remarcados. Trata-se do concerto/performance “A Improvisar é que a gente se entende”, que decorre no Palco Cedro da China, às 11h00. Concebido por Nuno Cintrão, e dirigido especialmente aos mais jovens e às suas famílias, é uma experiência única de criação musical em que o público é convidado a participar, experimentando e descobrindo um pouco mais sobre os caminhos da improvisação com recurso à voz e a outros instrumentos. Um espetáculo que dá a conhecer o jazz e abre espaço à criatividade e a novos públicos.
Num registo completamente diferente, às 16h00, no Palco Esplanada, apresenta-se o projeto “Poezz”, que une poesia em língua portuguesa e jazz, com base nos textos reunidos na antologia com o mesmo nome, organizada por José Duarte e Ricardo António Alves. A voz de Pedro Freitas, o Poeta da Cidade, e o saxofone de Kenny Caetano dão uma nova vida à poesia de autores como Djavan, Drummond de Andrade e Rui Knopfli.
Às 19h30, no Palco Cedro da China, Maria João e Carlos Bica Quarteto, nomes incontornáveis do jazz em Portugal, apresentam Close to You, numa celebração da amizade e da cumplicidade musical que os une desde o início na década de 1980. Acompanhados por João Farinha (piano e teclados) e Gonçalo Neto (guitarra), trazem temas de Conversa (1986) e de Sol (1991), discos que marcaram as suas carreiras.
No dia do festival, 17 de setembro, a programação prima pelo ecletismo. Às 11h00, no Palco Cedro da China, há mais um concerto para famílias que mostra aos mais novos como “O Jazz é Fixe” e os convida a participar ativamente. O trio composto por Miguel Calhaz (contrabaixo), Luísa Vieira (voz e flauta transversal) e João Mortágua (saxofone), proporciona uma divertida e criativa viagem pelo universo do jazz, recorrendo a objetos que à partida nada parecem ter a ver com a música.
Seguem-se, às 14h00, no Palco Esplanada, os Nomad Nenufar. O duo composto pelo saxofone de Bernardo Tinoco e pelos teclados de Tom Maciel, que era para ter atuado no primeiro fim de semana do festival, apresenta um concerto desafiador e envolvente. Privilegiando a vertente experimental, os dois jovens e talentosos músicos misturam jazz, sonoridades eletrónicas e o exotismo do duduk, instrumento tradicional da Arménia.
Novamente no Palco Cedro da China, às 16h00, a poesia regressa a Monserrate, através de um encontro único entre som e palavra protagonizado por dois dos mais influentes protagonistas da cena musical portuguesa dos últimos 40 anos: Adolfo Luxúria Canibal (voz) e Carlos Barretto (contrabaixo). “Olhar o abysmo sem o deixar ganhar” baseia-se em textos e poemas da editora abysmo acompanhados pelos sons do jazz.
O Jazz em Monserrate encerra com Bernardo Moreira Sexteto tendo Cristina Branco como convidada. O concerto “Entre Paredes”, agendado para as 19h30, traz os sons do universo do genial guitarrista Carlos Paredes através da leitura musical de Bernardo Moreira, que, com músicos de diferentes gerações, tem cruzado o jazz, o fado, a canção e o fado de Coimbra. Nesta ocasião especial, o sexteto conta com a voz singular da cantora Cristina Branco.
O Jazz em Monserrate é promovido pela Parques de Sintra e tem a conceção artística da Clave na Mão. O BPI – Fundação “la Caixa” é o mecenas do “Jazz em Monserrate”, que conta também com o patrocínio da Tranquilidade e com o apoio da Câmara Municipal de Sintra. A Antena 2 e o SAPO são media partners do evento.
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Imagem DR: PSML_Atlelier_Obscura